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Vem
Vem, vem, sejas tu quem fores Não importa se és um infiel, um idólatra | Ou um adorador do fogo, Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero, | Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes, Mesmo assim, vem. |
~Rumi |
quinta-feira, 10 de março de 2011
Os Relacionamentos Sob Perspetiva
Acender a chama da autoconsciência dentro de vocês traz-vos tanta alegria, uma sensação tão profunda de volta ao lar, que põe todos os vossos relacionamentos dentro de uma nova perspectiva. Por exemplo, vocês preocupam-se menos com o que as outras pessoas lhes dizem. Se alguém vos critica ou duvida de vocês, vocês não consideram isso como algo pessoal. Vocês sentem-se menos atingidos ou ansiosos para reagir. Vocês deixam isso passar com mais facilidade, e desaparece a necessidade de se defenderem – tanto para si mesmos quanto para a outra pessoa. Se vocês são facilmente abalados emocionalmente pelo que outra pessoa pensa de vocês, isso indica que existe uma desconsideração por si mesmos, que faz com que vocês dêem crédito às opiniões negativas dos outros. Este falta de apreço por si mesmos não se resolve procurando um conflito com os outros, mas sim voltando-se para o vosso próprio interior e entrando em contacto com as vossas feridas emocionais internas, pois elas são muito mais antigas do que esse momento específico de rejeição.
De facto, todas as dores de rejeição, todas as dores de relacionamentos, têm origem na dor primordial, na dor ainda não curada do nascimento. [...] Pode parecer-vos que a vossa dor é causada por algo que o vosso parceiro(a) fez ou não fez. Pode parecer-vos que alguma coisa externa a vocês está a causar a dor. Mas deixem que Eu vos diga: basicamente vocês estão a trabalhar na cura de uma dor antiga que está dentro de vocês mesmos. Se vocês não estiverem conscientes disto, vocês podem facilmente enredar-se em problemas de relacionamentos, que podem ser extremamente dolorosos.
Especialmente em relacionamentos entre homem e mulher (relacionamentos amorosos), vocês tentam frequentemente forjar uma espécie de unidade e segurança entre ambos, que lembra o estado primordial de unidade do qual vocês têm uma vaga lembrança. Subconscientemente, vocês tentam recriar a sensação de estar confortavelmente envolvidos num manto de amor e aceitação incondicionais. Existe uma criança dentro de cada um de vocês que chora por essa aceitação incondicional. No entanto, se essa criança coloca os seus braços ao redor da (parte) criança do seu parceiro(a), isto muito resulta frequentemente num controlo sufocador, que bloqueia a auto-expressão genuína de ambos os parceiros.
O que acontece é que vocês se tornam emocionalmente dependentes e vão precisar sempre do amor ou da aprovação de outra pessoa para o seu bem estar. Dependência acaba sempre por se transformar em questões de poder e controlo, pois precisar de uma pessoa é o mesmo que querer controlar o comportamento dela. Este é o começo de um relacionamento destrutivo. Desistir da vossa própria individualidade num relacionamento, guiados por um anseio subconsciente pela unidade absoluta, é destrutivo tanto para vocês mesmos como para a outra pessoa.
~Jeshua