Os Quatro Pilares do Coração

O Coração é o recetáculo da Nova Consciência[1].

É pelos Quatro Pilares do Coração que te estabeleces no Fogo do Coração da tua Unidade e do teu Estado de Ser.

O Pilar da Transparência (Cristo)

Trata-se de uma Transparência, inicialmente, frente a ti mesmo.

Trata-se, num segundo momento (às vezes confundido), de uma Transparência de ti mesmo frente ao conjunto do mundo.

Isso significa que a um dado momento na vida da Consciência Unitária há a possibilidade de se deixar atravessar, inteiramente pelas energias deste Mundo sem ali interferir seja de que forma fôr, dando acesso ao verdadeiro desprendimento, dando acesso ao que os Anciãos denominaram Sat Chit Ananda, a Morada de Paz Suprema, Shantinilaya.

É apenas na Transparência e, então, na não resistência à penetração de tudo o que pode atravessar uma Alma, um Corpo e um Espírito, que se encontra a Verdade da Liberdade e da Libertação.

Isso nada tem a ver com a indiferença.

Isso aproxima-se do desprendimento, ou seja, seres capaz de viver neste mundo enquanto te tornas Transparente: não mais ser afetado por um elemento ou por um acontecimento, por uma pessoa ou por um lugar; tornas-te então Transparente, integralmente, permitindo-te, então, viver, não mais na personalidade (o chamado de corpo de desejo, reagindo aos impulsos), mas estabelecendo-te no Corpo de Eternidade, Corpo do Amor e do Coração .

Possibilitando-te ser atravessado por todas as correntes de vida, sem interferir e sem reter o que quer que seja,.

Quer essas correntes de vida se refiram a uma pessoa, quer se refiram a um lugar, quer se refiram a uma circunstância, um acontecimento qualquer que seja, a Consciência da Unidade [a Nova Consciência] naquele momento torna-se Transparente e atravessa então, sem resistência, as provas como alegrias com a mesma Felicidade, a mesma Alegria, o mesmo Júbilo e a mesma Unidade.

O Pilar da Humildade (Espírito)

Desembaraçado de todo este futuro, desembaraçado de todo este passado, desembaraçado de qualquer passado, desembaraçado de qualquer futuro, podes alinhar-te na Vibração do instante eterno do teu presente. Aqui.

Porque a Humildade não tem o que fazer de qualquer reivindicação do eu, não tem o que fazer de qualquer atribuição de papel e de função neste mundo.

É o que é denominado, em termos comuns, Humildade: tornar-se de novo humano, tornar-se húmus, isto é, o sal da Terra e o pó da Terra, realizando, assim, as palavras: “tu és pó e ao pó voltarás”, consistindo em não mais te identificares com qualquer efémero (seja no corpo, nas reivindicações e numa presença efémera), mas transmutando esta instalação no Eterno.

Humildade: Sopro do Espírito, Sopro da Verdade, Vibração da Unidade, aceite, aquiescida e integrada.

O Pilar da Simplicidade (Alma)

Na realidade, o Amor é simples, contrariamente às construções existentes neste mundo, que necessitam de justificação, explicação, reivindicação e ação-reação.

A Simplicidade da alma, a Simplicidade do Espírito reencontrado, manifesta neste mundo o Espírito de Simplicidade.

Isso significa que a vida se torna simples, ela não coloca qualquer questão.

Na mais total Transparência e na mais total Crucificação [do ego], a Unidade é então centrada.

O Pilar da Infância (Espírito de Pobreza)

É a Porta Estreita, o Corpo do Embrião Crístico.

A Humildade, a Simplicidade e a Transparência completadas pela Infância possibilitam a passagem [da Consciência] do Ego ao Coração pela Porta Estreita. Este processo é denominado Ressureição.

A Porta Estreita, a Humildade, a Simplicidade e a Transparência são as quatro virtudes cardeais do Coração, possibilitando transcender, de alguma maneira, a Atenção, a Intenção, a Ética e a Integridade.

~Anael

[1] Consciência Nova, Consciência da Unidade, Consciência da Alegria, Consciência do Amor e da Verdade ~Um amigo