Restolho |
---|
Geme o restolho, triste e solitário a embalar a noite escura e fria e a perder-se no olhar da ventania que canta ao tom do velho campanário Geme o restolho, preso de saudade esquecido, enlouquecido, dominado escondido entre as sombras do montado sem forças e sem cor e sem vontade Geme o restolho, a transpirar de chuva nos campos que a ceifeira mutilou dormindo em velhos sonhos que sonhou na alma a mágoa enorme, intensa, aguda Mas é preciso morrer e nascer de novo semear no pó e voltar a colher há que ser trigo, depois ser restolho há que penar para aprender a viver e a vida não é existir sem mais nada a vida não é dia sim, dia não é feita em cada entrega alucinada p'ra receber daquilo que aumenta o coração Geme o restolho, a transpirar de chuva nos campos que a ceifeira mutilou dormindo em velhos sonhos que sonhou na alma a mágoa enorme, intensa, aguda Mas é preciso morrer e nascer de novo semear no pó e voltar a colher há que ser trigo, depois ser restolho há que penar para aprender a viver e a vida não é existir sem mais nada a vida não é dia sim, dia não é feita em cada entrega alucinada p'ra receber daquilo que aumenta o coração |
Páginas
Vem
Vem, vem, sejas tu quem fores Não importa se és um infiel, um idólatra | Ou um adorador do fogo, Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero, | Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes, Mesmo assim, vem. |
~Rumi |