Vem

Vem, vem, sejas tu quem fores
Não importa se és um infiel, um idólatra
Ou um adorador do fogo,
Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes,
Mesmo assim, vem.

~Rumi


sexta-feira, 23 de abril de 2010

A boca fala do que está cheio o coração (S. Lucas)

Toda a pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso próprio valor.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.




Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.
Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.
Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste.

Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

in "A Essência da Amizade" – Huberto Rohden – Editora Martin Claret

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