Vem

Vem, vem, sejas tu quem fores
Não importa se és um infiel, um idólatra
Ou um adorador do fogo,
Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes,
Mesmo assim, vem.

~Rumi


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O Coração é a Porta, o Coração é a Chave


Neste planeta, o chacra do coração tem uma membrana que o envolve a que chamamos "Portal do Éden". Todos conhecem aquela lenda maravilhosa em que Adão e Eva são expulsos pelo Portal do Éden e um anjo com uma espada flamejante impede-os de voltar. É a membrana do chacra do coração que bloqueia a passagem para as múltiplas dimensões. A sua finalidade é manter essa passagem fechada. Nada do que ocorre no plano físico pode passar para o plano astral, para que não afecte nenhum outro plano além dele mesmo. Em parte, o modo de impedir que isso aconteça é fechando parte do chacra do coração e, consequentemente, impedindo-o de ter experiências multidimensionais. Uma vez aberta essa membrana, o chacra do coração abre-se para níveis mais profundos. É possível entrar em qualquer dimensão através do chacra do coração: tudo está dentro de vocês. O chacra do coração começa a funcionar de outra forma e passa a predominar sobre os outros chacras.

~ Ariel

Expulsão de Adão e Eva do Paraíso por Lorenzo Maitani

Éden, do hebreu (deleite, prazer), é a referência à Alegria Interior, ao êxtase da Presença Divina (a embriaguez espiritual pelo vinho do Amor); é, em suma, a referência à Unidade. Estar na Unidade é estar para além do bem e do mal. A expulsão do Jardim do Éden representa a queda na dualidade e a ilusão da separação.
Dentro de todos nós existe uma conexão direta com o Criador de todo o Universo, um raio que nos liga ao absoluto: o Cristo Interno.
Voltar à Alegria Interior, ao Éden perdido, é voltar a um «estado Interior de Graça, de Paz, de desapego que é a iluminação pelo Espírito Santo, que acontece ao nível da ativação do Coração. É a ativação do que é chamado de "Estado Crístico Interior". Cristo está presente no éter.»[1]«Estar na Unidade é considerar que cada minuto é a ocasião de estar em Alegria. Que cada encontro é a ocasião de manifestar a Alegria. Que cada resistência, também, está aí para permitir à Alegria iluminar o que é resistência.»[2]
Vivemos a ilusão da separação da Presença Divina, da Fonte - a Fonte da nossa Luz. Porque nós somos Luz e Vibração, antes mesmo de sermos forma. «Mas a nossa União sempre foi e sempre será. Juntos, reunidos e unidos, a chama torna-se o fogo. O fogo torna-se a Luz. A Luz torna-se a Alegria. Juntos revelados, juntos na Alegria, juntos na Verdade e na Luz, se desvenda e se revela o Amor, o único.»[3]
«Acender a chama da autoconsciência dentro de vocês traz-vos tanta alegria, uma sensação tão profunda de volta ao lar.»[4] O lar, o jardim, esse estado do ser de onde um dia fomos expulsos. Existe uma dor antiga dentro de nós mesmos. Vergonha, sentimentos de culpa e de incompetência são mantidos no corpo físico e retratam em si a imagem da separação.  «Esta falta de apreço por si mesmos não se resolve procurando um conflito com os outros, mas sim voltando-se para o vosso próprio interior e entrando em contacto com as vossas feridas emocionais internas, pois elas são muito mais antigas do que esse momento específico de rejeição. De facto, todas as dores de rejeição, todas as dores de relacionamentos, têm origem na dor primordial, na dor ainda não curada do nascimento.»[4]
Uma vez acreditando que fomos separados do Amor da Fonte, através do que chamamos relações amorosas tentamos forjar uma espécie de unidade verosimilhante ao estado primordial de Unidade de que temos uma memória vaga. «Subconscientemente, vocês tentam recriar a sensação de estar confortavelmente envolvidos num manto de amor e aceitação incondicionais. O que acontece é que vocês se tornam emocionalmente dependentes. [...] Dependência acaba sempre por transformar-se em questões de poder e controlo [...] é destrutivo tanto para vocês mesmos como para a outra pessoa.»[4]

[1]Aïvanhov
[2]Mãe Maria
[3] A Fonte
[4]Joshua



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