Vem

Vem, vem, sejas tu quem fores
Não importa se és um infiel, um idólatra
Ou um adorador do fogo,
Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes,
Mesmo assim, vem.

~Rumi


terça-feira, 6 de abril de 2010

Há muitas moradas na casa de meu Pai

Os astros gravitam à volta do Sol e na sua própria órbita. A Terra, sob o impulso desta Lei, permanece na sua trajectória e completa o seu movimento de rotação a cada vinte e quatro horas, finalizando a translação no tempo especificado no período anual.

Os átomos possuem um núcleo central e electrões que gravitam à volta do mesmo, da mesma forma que os planetas orbitam à volta do Sol. O movimento de rotação realizado pelos astros equivale ao círculo percorrido pelos electrões à volta de seu próprio eixo.

A velocidade à qual os electrões se deslocam à volta do núcleo central do átomo e em torno de si mesmos determina a frequência vibratória dos corpos. Mesmo dos nossos corpos.

Está presente em nós a mesma presença amorfa que ajudou a criar as estrelas, as galáxias e os múltiplos universos.
Nós estavamos lá no início. No início de todas as coisas.



Confinados a um corpo físico, muitos anseiam agora retornar às estrelas, participar dos reinos angélicos que imaginam satisfariam o seu desejo de serem livres.


Um místico escrevia sobre isto, no séc XIII, desta maneira:

Say I am You

I am dust particles in sunlight.
I am the round sun.

To the bits of dust I say, Stay.
To the sun, Keep moving.

I am morning mist,
and the breathing of evening.
I am wind in the top of a grove,
and surf on the cliff.

Mast, rudder, helmsman, and keel,
I am also the coral reef they founder on.

I am a tree with a trained parrot in its branches.
Silence, thought, and voice.

The musical air coming through a flute,
a spark of stone, a flickering in metal.
Both candle and the moth crazy around it.
Rose, and the nightingale lost in the fragrance.

I am all orders of being, the circling galaxy,
the evolutionary intelligence, the lift, and the falling away.

What is, and what isn't.

You who know, Jelaluddin,
You the one in all, say who I am.
Say I am you.

~ Jelaluddin Rumi












Bittersweet

In my hallucination
I saw my beloved's flower garden
In my vertigo, in my dizziness
In my drunken haze
Whirling and dancing like a spinning wheel

I saw myself as the source of existence
I was there in the beginning
And I was the spirit of love
Now I am sober
There is only the hangover
And the memory of love
And only the sorrow

I yearn for happiness
I ask for help
I want mercy
And my love says:

Look at me and hear me
Because I am here
Just for that

I am your moon and your moonlight too
I am your flower garden and your water too
I have come all this way, eager for you
Without shoes or shawl

I want you to laugh
To kill all your worries
To love you
To nourish you

Oh sweet bitterness
I will soothe you and heal you
I will bring you roses
I, too, have been covered with thorns

~ Jelaluddin Rumi

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