Vem

Vem, vem, sejas tu quem fores
Não importa se és um infiel, um idólatra
Ou um adorador do fogo,
Vem, a nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado o teu juramento cem vezes,
Mesmo assim, vem.

~Rumi


domingo, 2 de agosto de 2015

A Rosa dá o Mel às Abelhas, o Canto Sedutor



Video YouTube, The Singing Comet 67P C-G (A Space Oddity)

Os cientistas descobriram que a misteriosa melodia que o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko canta no espaço é a emissão de um canto na forma de oscilações no seu campo magnético.
Esta melodia em frequências audíveis pelo ouvido humano tem semelhanças espantosas com o interlúdio O voo do Abelhão de Rimsky-Korsakov disponível aqui na versão para piano por Rachmaninov.

Para além desta mensagem áudio, o cometa transmite também uma mensagem visual: em certas posições o cometa lembra um coração, noutra, um embrião.












ESA, Imagens sonda Roseta

O favo de mel, um hexágono[1], é o símbolo do coração e representa a doçura da vida encontrada dentro do nosso próprio coração.


A abelha e o abelhão

A abelha simboliza a imortalidade, a ordem, a diligência, a lealdade, a cooperação, a nobreza, a alma, o amor e a dor, a sabedoria, a dedicação, a eloquência. Algumas características marcantes destes insectos que polinizam as flores e se alimentam do seu néctar são a organização, o labor e a disciplina.

O conjunto de características recolhidas em todas as tradições culturais denota que por toda a parte a abelha surge essencialmente como que dotada de uma natureza ígnea, como um ser feito de fogo. Representa as sacerdotisas do templo, as pitonisas, as almas puras dos iniciados, o Espírito, a Palavra; purifica pelo fogo e nutre com o mel; queima com o seu ferrão e ilumina com o seu brilho.

Na tradição cristã é o emblema de Cristo, da sua clemência (pela analogia do doce do seu mel), da sua justiça (pelo seu ferrão), e das virtudes cristãs (por causa do modo exemplar e obediente com que a abelha operária se comporta diante da abelha rainha).


A industrialização

A colmeia é um milagre da engenharia natural. A colmeia e as suas abelhas formam uma estrutura essencialmente ordenada, construída, mantida e regida pela energia feminina da rainha da colmeia e, portanto, a característica fundamental é a energia feminina da deusa.

O pólen apresenta uma composição química altamente complexa e provavelmente até agora não totalmente elucidada, tendo condições de fornecer praticamente todas as substâncias indispensáveis ao bom funcionamento do organismo humano. O alimento oferecido pelas abelhas à humanidade é como uma oferta do Amor de Deus(a), obtido através da captação da energia da beleza das flores, colectada pelas abelhas e transformada em pólen, mel, geleia real, cera e própolis.

A cor do mel é o amarelo, uma das três cores da chama trina, que representa o Cristo, é símbolo da paz e da sabedoria (sophia) espiritual. Está associado ao ouro, à luz do Sol, ao intelecto iluminado pelo amor incondicional do coração, à fé e à bondade, ao vigor, ao serviço, à força e ao entusiasmo. É um símbolo da eternidade, da criação, da transfiguração e da meta a ser alcançada na busca espiritual. É a cor da maturidade que emerge da escuridão.


O voo

Aerodinamicamente, o seu corpo é demasiado grande para as suas asas e, aparentemente, não deveria ser capaz de voar. A abelha é, assim, o símbolo da realização do impossível. Não importa quão grande é o sonho, ele torna-se realidade quando acreditamos.


O perigo de extinção

As abelhas e as suas colmeias sempre foram consideradas sagradas em todas as culturas antigas de todas as civilizações de todos os tempos. Hoje a sua existência é posta em risco pelo homem moderno e executam a sua missão enquanto sofrem um processo de extinção pela "civilização moderna" que coloca em risco o próprio ecosistema.



Que a humilde abelha seja o nosso exemplo!



vide Paraíso ou Esquecimento
vide Sê Responsável




fonte da simbologia da abelha: Sagrado Feminino, as Abelhas e o mel …




[1] Na geometria sagrada, o hexágono é uma figura geométrica natural produzida pela divisão da circunferência de um círculo usando os seus raios. Os pontos da circunferência são ligados por linhas rectas e produzem uma figura com seis lados iguais. A relação directa entre o hexágono e o círculo está ligada a uma outra propriedade interessante segundo a qual os vértices alternados desta figura podem ser ligados por linhas rectas para a produção do hexagrama. Esta figura, composta por triângulos equiláteros que se interpenetram, simboliza a fusão dos princípios opostos masculino e feminino, quente e frio, água e fogo, terra e ar, etc. e é, por conseguinte, símbolo da integridade arquetípica, o poder divino da criação.

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